segunda-feira, 1 de agosto de 2011


EUA anunciam acordo entre partidos para evitar calote

Presidente Barack Obama diz que acordo sobre elevação do teto da dívida do país foi fechado e deve ser votado ainda hoje, dentro do prazo estipulado

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse na noite de ontem que os líderes democratas e republicanos chegaram a um acordo para aumentar o limite do teto da dívida do país. A votação deverá acontecer ainda hoje. Obama declarou que tudo será feito dentro do prazo, que acaba amanhã, e que “os líderes de ambos os partidos desejam o acordo”.

O presidente anunciou ainda que o corte de gastos do país deve ser de US$ 1 trilhão ao longo de dez anos e que tanto republicanos quanto democratas concordam com a meta.

Antes do rápido pronunciamento do presidente, a proposta do líder democrata Harry Reid, para tentar evitar que os EUA tenham que dar um calote nos credores, havia sido brecada pelo Senado. No último dia 16 de maio, os Estados Unidos atingiram o limite legal de endividamento público, de US$ 14,3 trilhões (cerca de R$ 22,2 trilhões).

Com o resultado de 50 votos a 49, o plano do senador Reid não conseguiu a maioria necessária de 60 votos para avançar. A exigência dos republicanos é que um acordo para elevar a dívida esteja condicionado a cortes no orçamento norte-americano para reduzir o déficit. Por sua vez, o governo americano e o Partido Democrata se opõem a cortar programas sociais. Na votação de clima acalorado, os que apoiam Obama ressaltaram que a dívida começou a crescer no governo de George W. Bush, deixando um legado irreversível para o atual presidente. O republicano John McCain ficou irritado e disparou que Obama está tentando se livrar da responsabilidade sobre a crise.


Moedinhas para Obama

Ao contrário do presidente norte-americano, Rinaldo Gaudêncio, 39 anos, conhecido como ‘Obama brasileiro’, não tem do que reclamar. Mesmo com uma dívida na praça de R$ 700, que pretende terminar de pagar em setembro, ele não mede esforços para ajudar o verdadeiro Barack a se livrar da crise econômica.

Para encher o cofre, vale até moedinha.

“Sei que o Obama está tentando reverter a crise, mas a oposição não está deixando, eles querem que o presidente saia prejudicado para não se reeleger. Se ele fizer como eu, deixar de usar cartão de crédito e evitar comprar supérfluos, vai dar para economizar um pouco”, brinca Gaudêncio em frente ao prédio da Serasa que, coincidência ou não, fica na Rua da Ajuda, no Centro.

A professora Ana Claudia Figueiredo, 40, entrou na brincadeira e doou alguns trocados ao sósia do presidente dos Estados Unidos. “Minha dica é montar o orçamento sempre no início do mês. Contar as despesas fixas e pagar o cartão de crédito integralmente, para que os juros não se acumulem”, ensina ela. (Clarissa Mello)


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