domingo, 21 de outubro de 2012

O

América dividida: uma disputa 

aberta

REPORTAGEM ESPECIAL: A polarização do voto norte-americano 

em um cenário de crise e após 4 anos de governo Obama

 
CLIQUE NO LINK PARA VISUALIZAR MELHOR:

ZARMike Segar/Reuters

 

Lourival Sant'Anna, enviado especial aos EUA
Nas últimas semanas, o Estado percorreu 10 cidades de 5 Estados americanos
e ouviu 79 eleitores.
Juntos, eles compõem o mosaico do eleitor americano: brancos conservadores e liberais, latinos, negros, asiáticos, pobres, ricos, protestantes e católicos. O quadro é o de um país polarizado, como sugere a pequena fatia de indecisos: em torno de 5%.
Depois de quatro anos de crise econômica e de governo do primeiro presidente negro da história dos Estados Unidos, o voto obedece fielmente à classe social, à identidade étnica, à convicção religiosa e à idade – sendo o resultado de um entrecruzamento dessas quatro coisas.
O repórter do Estado não encontrou nenhum latino ou negro que pretendesse votar no republicano Mitt Romney. As opiniões dividem-se na classe média branca. Entre os ricos é muito difícil encontrar um eleitor do democrata Barack Obama, como é quase impossível achar um pobre que vá votar em Romney. Dentre os marginalizados, no entanto, a própria condição vulnerável que os inclinaria a votar em Obama faz com que não votem em ninguém. É o caso dos moradores de trailers das "comunidades móveis", o equivalente americano das favelas, e dos "mojarritas", imigrantes latinos ilegais, que não podem votar.
Detroit é a grande história de sucesso econômico do governo Obama, que salvou o 1,1 milhão de empregos da indústria automobilística e gerou outros 250 mil. Trabalhadores brancos conservadores, que costumavam votar nos republicanos, incluindo em John McCain, o adversário de Obama em 2008, "converteram-se" agora a Obama, que veem como salvador.
Seu contraponto é Las Vegas, duramente atingida pela crise, simbolizada por cinco esqueletos de hotéis-cassinos na célebre The Strip, a avenida que concentra as atrações da cidade. Mesmo assim, em Las Vegas Norte, cidade-dormitório que fornece a mão de obra para a construção civil e para a indústria do turismo, latinos e negros culpam o presidente anterior, o republicano George Bush, por sua situação e querem darmais quatro anos a Obama. Já na rica Summerlin, a noroeste de Las Vegas, instrutores de golfe, paisagistas, donos de loja e empresários votam maciçamente em Romney.
Obama é extremamente impopular dentre os aposentados que realizaram o sonho de deixar o frio do norte para ir morar na Flórida, o "Estado do sol e do imposto baixo". Eles se queixam de que a reforma do sistema de saúde aumentou suas contribuições. Já os mais jovens acham que Obama garantiu a sua aposentadoria. No meio, as opiniões se dividem entre os que consideram a reforma autoritária, por obrigar todos os cidadãos a pagar um plano de saúde, e os que se perguntam por que os Estados Unidos não podem ter um sistema público de saúde, como outros países desenvolvidos.
As credenciais conservadoras de Romney não são impecáveis: ao longo de sua carreira política em Massachusetts, Estado liberal, ele aceitava o aborto em alguns casos e preocupava-se com temas ambientais. Além disso, Romney é mórmon. O Estado foi testar o ânimo dos conservadores de sair de casa para votar nele em Lynchburg, na Virgínia, sede da Universidade Liberty, centro irradiador da ideologia conservadora batista. Romney é considerado um "mal menor" diante do presidente "muçulmano e socialista". Aqui, valores morais e individualismo econômico se casam harmonicamente.
Mas há outro grupo de conservadores religiosos, de correntes evangélicas, que vivem a divisão dentro de si mesmos: suas preocupações sociais os aproximam de Obama, mas seus princípios morais os impedem de votar nele, principalmente por causa do aborto e do casamento entre homossexuais. Seu dilema reflete, em certo sentido, a polarização do país.
Em 2008, o Estado percorreu também 5 Estados em busca do perfil do eleitor americano. Encontrou "a América em movimento", uma nova geografia política desenhada pela interiorização dos eleitores liberais das duas costas, que se mudaram para os Estados conservadores em busca de melhores salários, moradia e educação para os filhos mais baratas. Essa redistribuição favoreceu os democratas, no sistema americano de escolha indireta do presidente pelo voto dos delegados de cada Estado em um colégio eleitoral.
A crise estancou esse movimento. As posições dos americanos se cristalizaram. A América ficou dividida.

sábado, 23 de junho de 2012



"Manchetes dos Jornais" no Painel de Blogs do Paim, atualizável para o Dia em que o Internauta CLICAR no seguinte LINK: 
http://www.manchetesdosjornais.com.br 


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No terceiro LINK de cada um dos 599 BLOGS DO PAINEL DO PAIM estamos a colocar sites cujos temas abordados sejam pertinentes com nome do BLOG, com a finalidade de ampliar, ainda mais, o alcance do referido PAINEL.

No caso do Blog "Manchetes dos Jornais", o terceiro LINK é o de  "Manchetes de Hoje", como  se vê ao acessar o referido Blog, através deste LINK:  

http://www.manchetesdosjornais.com.br/, bem como na reprodução abaixo:


Google News

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o que permitirá ao leitor o acesso às postagens destes tres sites, do próprio dia em que o Internauta clicar neles, destarte, transformando cada Blog do Painel do Paim, num verdadeiro jornal diário, tríplice  e AUTOMÁTICO

quinta-feira, 21 de junho de 2012



Escolha e leia um ou mais dentre os 599 (ou 600?) Blogs do PaineL do PaiM (o maior aglomerado de Blogs do Planeta), uma parceria GOOGLE/EDSON PAIM


Para tanto, basta clicar no nome do Blog, constante da relação apresentada a seguir, acessável através do seguinte Link:

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Sempre que o leitor acessar este BLOG, encontrará, à direita desta página, o LINK que o conduzirá á Relação de todos os Blogs do Painel do Paim, o qual se encontra logo abaixo dos LINKs do Google News (http://news.google.com/) e do site de Edson Paim Notícias (http://www.edsonpaim.com.br/)

segunda-feira, 18 de junho de 2012


Uol Notícias no Painel do Paim, atualizado para o instante em que você clicar no Link, a seguir:


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domingo, 17 de junho de 2012



Acesse e Leia o "THE NEW YORK TIMES", através do Painel do Paim

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sexta-feira, 15 de junho de 2012



Principais Manchetes de HOJE no Brasil e no Mundo:

Manchetes dos principais jornais no Brasil e no mundo, com links para os sites dos jornais. Somos apenas um link entre você usuário e as notícias que fizeram primeira página, atualizado diariamente e com um arquivo para que você possa consultar uma determinada manchete na data que escolher. Nosso objetivo é adicionar novos jornais a cada semana e trazer mais e mais informações.

Sinta-se a vontade para navegar pelas manchetes dos principais jornais do DIA em que você está a acessar este Blog.  

Clique no seguinte LINK para ler as manchetes:   

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quarta-feira, 13 de junho de 2012



 MSN (
NOTÍCIAS) ACESSÁVEL ATRAVÉS DO PAINEL DO PAIM


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sexta-feira, 1 de junho de 2012

Dicionário de Português (Aurélio) no Painel do Paim


PARA ACESSÁ-LO, CLIQUE NO SEGUINTE LINK:

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sexta-feira, 13 de abril de 2012


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quarta-feira, 11 de abril de 2012

Dilma diz em Harvard que sonhava ser bombeira (Josias de Souza)



No mesmo discurso, Dilma Rousseff animou-se a discorrer sobre a corrupção. No Brasil, disse ela, cultiva-se o hábito de apontar os políticos corruptos sem iluminar os corruptores da iniciativa privada. Evocando Montesquieu, declarou que os homens não são virtuosos, mas as instituições precisam ser. De resto, repisou o lero-lero da punição -”doa a quem doer”. Quem ouve renova as esperanças de que Erenice Guerra, sua ex-braço direito na Casa Civil de Lula, não perde por esperar. Cedo ou tarde, sua cota de dor há de chegar.
 
e

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Dilma fala a Obama de 'preocupação' com políticas dos países ricos (Postado por Lucas Pinheiro)

A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda (9), após reunião com Barack Obama, na Casa Branca, que manifestou ao presidente dos Estados Unidos a "preocupação" do Brasil com as políticas monetárias expansionistas dos países desenvolvidos.

Segundo a presidente, essas políticas levam à desvalorização das moedas nesses países, comprometendo o desenvolvimento nos países emergentes.

"Essas políticas monetárias solitárias, no que se refere a políticas fiscais, levam à desvalorização das moedas nos países desenvolvidos, levando ao comprometimento dos países emergentes, declarou Dilma.

Segundo a presidente, o papel dos Estados Unidos na atual conjuntura de crise "é muito importante".

"Consideramos que o papel dos EUA nesta conjuntura, neste mundo multilateral, é muito importante. A grande flexibilidade da economia norte-americana, a liderança na área de ciência, tecnologia e inovação, e, ao mesmo tempo, as forças democráticas que fundam a nação norte-americana tornam muito importante o papel dos EUA tanto na contenção da crise quanto na retomada da prosperidade."

Apesar das críticas à política monetária dos países ricos, Dilma disse reconhecer "o papel dos bancos centrais, especialmente nos últimos meses do Banco Central Europeu, em impedir uma crise de liquidez de altas proporções, afetando a todos os países."

Ela disse saudar "a grande melhoria ocorrida nos Estados Unidos" e afirmou ter "certeza" de que isso será "uma tônica nos próximos meses e anos sob a liderança do presidente Obama".

"Os países Brics [Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul] respondem hoje por parte muito expressiva do crescimento econômico. Mas é importante perceber que a retomada do crescimento, num horizonte de médio prazo, passa também pela retomada expressiva do crescimento americano. Nós saudamos a grande melhoria ocorrida aqui nos EUA e temos certeza que isso será uma tônica dos próximos meses e anos, sob a liderança do presidente Obama."

No começo de março, a presidente já havia chamado de "tsunami monetário" as políticas de proteção dos países ricos, que injetam dólares em diversos mercados, reduzindo a cotação do dólar frente às moedas locais. Com isso, as exportações ficam prejudicadas, o que tem acontecido no Brasil.

Depois, em visita à Alemanha, também em março, Dilma voltou a criticar as medidas tomadas pelos países europeus para sair da crise. Numa conversa com jornalistas antes de encontro com a chanceler Angela Merkel, a presidente condenou a desvalorização cambial “artificial” das moedas estrangeiras, que prejudicam as exportações dos emergentes.

Na ocasião, ela considerou "importante" que os países desenvolvidos "não só façam políticas expansionistas monetárias, mas façam políticas de expansão do investimento. Porque o investimento não só melhora a demanda interna, mas abre também a demanda externa para os nossos produtos.”

Parcerias
Dilma destacou parcerias com os Estados Unidos nas áreas de energia, defesa, educação e tecnologia.

"No que se refere ao aspecto bilateral, o Brasil e os Estados Unicos têm crescentemente estreitado suas relações comerciais, ampliado investimentos recíprocos. O investimento brasileiro nos Estados Unidos já chega a 40% do total de investimento americano no Brasil. Todas as nossas relações apresentam resultados muito importantes, mas, ao mesmo tempo, demonstram que estamos aquém das nossas possibilidades", declarou.

Segundo ela, a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 "permitem amplas oportunidades de investimento e parcerias entre empresas norte-americanas e brasileiras".

Dilma disse que convidou Barack Obama a participar da conferência sobre desenvolvimento sustentável, a Rio+20, que será realizada no Brasil em junho.

"Tenho certeza que a cooperação e nosso estreito relacionamento e parceria são importantes para nossos países, mas também para o desenvolvimento no século XXI, que se caracteriza como tema do Rio+20 – para a qual convidei o presidente Obama –, que é crescer e sermos capazes de conservar e proteger, que é a definição de desenvolviemtno sustentavel."

Governo aberto
A presidente brasileira também destacou a reunião do Open Government Partnership (OGP – Parceria para Governo Aberto), grupo que reúne diversos países liderados por EUA e Brasil, que será realizada no dia 17 em Brasília.

"Consideramos a política de governo aberto essencial para o combate à corrupção, garantia de maior transparência e eficiência no gasto público, na medida que se melhora a possibilidade de avaliação e monitoramento. Eu considero que isso contribui também para fortemente ampliar a democracia em nossos países."

domingo, 8 de abril de 2012


Dilma embarca para os EUA para retribuir visita de Obama

Em sua primeira visita oficial ao país, presidente vai destacar a necessidade de unir esforços no combate à crise econômica mundial

Obama e Dilma, no Palácio da Alvorada, em março de 2011
Obama e Dilma, no Palácio da Alvorada, em março de 2011 (Vitor Soares/Folhapress)
A presidente Dilma Rousseff embarcou por volta das 9h30 deste domingo da Base Aérea de Brasília para uma visita oficial aos Estados Unidos. A previsão, de acordo com o Itamaraty, é que Dilma desembarque na Base Aérea de Andrews, em Washington, às 17h (16h no horário de Brasília).
 
O primeiro compromisso de Dilma nos EUA é uma reunião com empresários brasileiros, marcada para a noite deste domingo. O encontro com o presidente americano Barack Obama está previsto para amanhã, na Casa Branca. A viagem é uma retribuição de Dilma à visita de Obama ao Brasil, em março de 2011.
 
Em sua primeira visita oficial aos EUA, a presidente vai destacar a necessidade de unir esforços no combate à crise econômica mundial – apesar das divergências entre os dois países. Ao lado de Obama, ela adotará um discurso conciliador, depois de ter acusado as nações ricas de patrocinarem um "tsunami monetário" com suas políticas expansionistas.
 
Depois do encontro, Obama oferecerá um almoço à Dilma, na Casa Branca. À tarde, a presidente participará do encerramento do Fórum Brasil-EUA de Altos Empresários e do seminário Brasil-EUA: Parceria para o Século XXI. Um encontro com empresários norte-americanos encerrará o dia.
 
Dilma aproveitará a visita de dois dias para "vender" um país de oportunidades. Energia, em especial biocombustíveis, é um dos temas prioritários da agenda. Ela pretender chamar os empresários para investir no Brasil e anunciar parcerias no programa Ciência Sem Fronteiras, que oferece bolsas de estudo no exterior.
 
Acompanhada de uma comitiva de sete ministros, a presidente percorrerá, na terça-feira, as instalações do Massachusetts Institute of Technology (MIT) e da Universidade de Harvard, em Cambridge, na área metropolitana de Boston. As duas instituições são dirigidas por mulheres: Susan Hockfield preside o MIT e Drew Faust é a presidente de Harvard.
 
O Ciência Sem Fronteiras é, hoje, um dos poucos pontos de convergência na pauta entre Brasil e EUA. Fora isso, há vários contenciosos na relação: do cancelamento de uma concorrência vencida pela Embraer para o fornecimento de 20 aviões Supertucano à Força Aérea Americana até posições conflitantes em relação a Cuba.
 
A Casa Branca não deixou de notar, por exemplo, que Dilma sequer mencionou a desvalorização artificial da moeda chinesa na Cúpula dos Brics – formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul –, em Nova Délhi.
 
(Com Agência Estado)