A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira (3), durante reunião de líderes do G20 em Cannes, na França, que o Brasil está disposto a contribuir com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para auxiliar na solução para a crise financeira que atinge a Europa.
Em almoço que marcou o início da reunião do G20, Dilma disse ainda que os países desenvolvidos precisam agir com rapidez e pediu aos líderes detalhes do pacote europeu anticrise. Ela diz temer que a crise "respingue" nos países em desenvolvimento.
A expectativa na semana passada era de que o G20 pudesse definir um modelo de apoio ao plano de resgate da Grécia aprovado pela União Europeia na última quinta-feira. O Brasil vinha afirmando sua disposição de fornecer mais recursos via acordos bilaterais com o FMI que pudessem se traduzir no compromisso de futuros aumentos de cotas na instituição.
As incertezas em torno da zona do euro, contudo, se aprofundaram após a convocação pelo governo grego de um plebiscito para consultar a população sobre o plano de resgate, ou sobre a permanência no euro. Em meio a preocupações crescentes de que a Grécia possa deixar a moeda comum europeia, diminuiu a expectativa de que o grupo, e em particular a China, possa se comprometer com uma ajuda mais substancial a Atenas.
Dilma Rousseff voltou a defender os investimentos sociais como medida anticrise. "A inclusão de 40 milhões de pessoas na classe média foi não somente uma imposição moral como também uma questão de enfrentamento econômico."
Rodada de Doha
A presidente Dilma afirmou ainda que a crise exige medidas para combater a guerra cambial e garantir os compromissos assumidos na Rodada Doha, da Organização Mundial do Comércio.
"É conhecido por todos o empenho do Brasil na retomada da Rodada de Doha. Mas é preciso dizer também que a atual crise econômica também provocou problemas cambiais e a ampliação de liquidez que afeta muitos países, como o Brasil. A Conferência da OMC em dezembro deve ser oportunidade para retomar nosso compromisso de Doha, assim como discutir a questão cambial e as questões de segurança alimentar, incluindo subsídios agrícolas", afirmou a presidente Dilma.
OIT
Dilma Rousseff manifestou apoio à tese da Organização Internacional do Trabalho (OIT) de um piso único de renda como medida de proteção mundial.
“Tem efeito inequívoco contra a crise. O Brasil não irá se opor a uma taxa financeira mundial, se isso for um consenso entre os países a favor da ampliação dos investimentos sociais.”
Pela manhã, antes da abertura dos trabalhos do G20, Dilma participou de encontro com os demais líderes dos Brics, grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia e China. Ainda durante a manhã, Dilma teve reuniões bilaterais com o presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, e com o primeiro-ministro de Cingapura, Lee Hsien Loong.
Lula
Durante o almoço, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, pediu a Dilma que transmitisse ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desejos de uma pronta recuperação. Lula foi diagnosticado com câncer de laringe e esta semana deu início a um tratamento quimioterápico. "Nós o amamos'" afirmou Sarkozy, que está na presidência do G20.
Em almoço que marcou o início da reunião do G20, Dilma disse ainda que os países desenvolvidos precisam agir com rapidez e pediu aos líderes detalhes do pacote europeu anticrise. Ela diz temer que a crise "respingue" nos países em desenvolvimento.
A expectativa na semana passada era de que o G20 pudesse definir um modelo de apoio ao plano de resgate da Grécia aprovado pela União Europeia na última quinta-feira. O Brasil vinha afirmando sua disposição de fornecer mais recursos via acordos bilaterais com o FMI que pudessem se traduzir no compromisso de futuros aumentos de cotas na instituição.
As incertezas em torno da zona do euro, contudo, se aprofundaram após a convocação pelo governo grego de um plebiscito para consultar a população sobre o plano de resgate, ou sobre a permanência no euro. Em meio a preocupações crescentes de que a Grécia possa deixar a moeda comum europeia, diminuiu a expectativa de que o grupo, e em particular a China, possa se comprometer com uma ajuda mais substancial a Atenas.
Dilma Rousseff voltou a defender os investimentos sociais como medida anticrise. "A inclusão de 40 milhões de pessoas na classe média foi não somente uma imposição moral como também uma questão de enfrentamento econômico."
Rodada de Doha
A presidente Dilma afirmou ainda que a crise exige medidas para combater a guerra cambial e garantir os compromissos assumidos na Rodada Doha, da Organização Mundial do Comércio.
"É conhecido por todos o empenho do Brasil na retomada da Rodada de Doha. Mas é preciso dizer também que a atual crise econômica também provocou problemas cambiais e a ampliação de liquidez que afeta muitos países, como o Brasil. A Conferência da OMC em dezembro deve ser oportunidade para retomar nosso compromisso de Doha, assim como discutir a questão cambial e as questões de segurança alimentar, incluindo subsídios agrícolas", afirmou a presidente Dilma.
OIT
Dilma Rousseff manifestou apoio à tese da Organização Internacional do Trabalho (OIT) de um piso único de renda como medida de proteção mundial.
“Tem efeito inequívoco contra a crise. O Brasil não irá se opor a uma taxa financeira mundial, se isso for um consenso entre os países a favor da ampliação dos investimentos sociais.”
Pela manhã, antes da abertura dos trabalhos do G20, Dilma participou de encontro com os demais líderes dos Brics, grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia e China. Ainda durante a manhã, Dilma teve reuniões bilaterais com o presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, e com o primeiro-ministro de Cingapura, Lee Hsien Loong.
Lula
Durante o almoço, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, pediu a Dilma que transmitisse ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desejos de uma pronta recuperação. Lula foi diagnosticado com câncer de laringe e esta semana deu início a um tratamento quimioterápico. "Nós o amamos'" afirmou Sarkozy, que está na presidência do G20.